Caminho sem volta

Há quase quinze anos, decidi que abrir minha própria empresa seria a realização de um sonho. Mas, afinal, qual é o grande sonho do empreender? Não acredito que seja necessariamente ter uma empresa, mas, sim, realizar projetos de forma a acompanhar todas as suas etapas, ‘comandando o barco’. E ter uma empresa se torna parte importante da realização, porque formaliza e organiza todas as necessidades, objetivos e metas. Então existem, naturalmente, empresários e empreendedores e um não é a mesma coisa que o outro.

Lembro-me bem que antes de ter uma empresa estabelecida eu já empreendia. Arrisco dizer que o faço desde pequeno. Seria, então, uma vocação? Sempre tracei muitos projetos e, mesmo muito jovem, consegui realizá-los. Esta é minha maior obstinação profissional: não abandonar minhas ideias no meio do caminho.

Ser um realizador é uma grande batalha. Todos os dias, temos um mar para atravessar. Ao olhar para trás, penso que venci um grande desafio.

O empreendedor nunca tem o dinheiro que precisa, a quantidade de pessoas que precisa, enfim, os recursos necessários. E a grande magia do sucesso está aí. Gestão é isso. É quando de pouco fazemos mais, fazemos muito. Quando fazemos nascer, mantemos e transformamos uma ideia ou negócio em sucesso. E, sucesso, numa empresa, é quando as coisas acontecem. E fazer acontecer é o grande negócio dos empreendedores.

Cuidar de pessoas, ter talento para agregar parceiros, saber negociar e, principalmente, compreender que recursos devem ser respeitados, são alguns dos atributos para quem decide tocar um projeto para frente e aceita o desafio de um começo, um meio e um fim.

O empreendedor não é só ousado. Ele é inovador. É líder. Porque entusiasma outras pessoas, uma a uma, a acreditarem em seu sonho, em suas ideias. O empreendedor é aquele que tem a ideia, mas precisa executá-la ao mesmo tempo.

Sem qualquer dúvida, posso dizer que carreguei e ainda carrego muitas pedras. Mas isso não me faz fraco ou autopiedoso. Pelo contrário, me motiva para o amanhã.

Empreender, muitas vezes, é um caminho solitário, porque você não tem com quem falar e, não raro, é desencorajado até mesmo por quem mais acredita em você. E não era para ser diferente.

O empreendedor rompe barreiras, quebra paradigmas. E nem dá para falar em que momento, pois na verdade é o tempo todo. O empreendedor é vigilante, obrigado a buscar uma disciplina marcada pelo compasso do que vem a seguir, do impacto positivo que os bons negócios trazem para os próximos bons negócios. O empreendedor tem insights, rompantes e boas doses de coragem repentina.

Eu movimento a economia, gero empregos e planto a semente de um legado. E o medo perde força com a passagem do tempo.

Compartilho com você, leitor, mais do que a certeza de que nossa missão é fazer acontecer. Somos verdadeiros pilares para que a esperança de um mundo mais justo e ético se consolide por meio das ideias e relações comerciais.

Bruno Chamochumbi

Texto original publicado na Revista Tutti, Edição n° 20, Junho/Julho de 2015

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