Um tubarão do empreendedorismo

BRUNO CHAMOCHUMBI ENTREVISTA FERNANDO GODOY *

O piracicabano Fernando Godoy é engenheiro agrônomo. Começou sua carreira numa empresa no Sul, mas depois de alguns anos a paixão pelo futebol falou mais alto e o levou para uma oportunidade nos Estados Unidos. Desde os 14 anos, dominava as linguagens da programação de computadores. Em 1996, aos 24 anos, começou a trabalhar na principal empresa americana de internet, a IXL – Internet Excellence, onde ficou por 4 anos. Começou como programador e chegou a gerente de projetos. Passou a desenvolver com autonomia os projetos menores que a empresa não abraçava. Assim, montou a I4 Tecnologies, que atualmente é a Flex Interativa, empresa focada em realidade aumentada e virtual. Hoje a principal empresa de seu grupo é a Zenega Tecnologia, umas das principais empresas de telecom do Brasil, com clientes como Nokia, Policia Militar do Estado e Petrobras. O Grupo compreende ainda a Cerveja Leuven, a Inbound Soul, a representação brasileira da ONG inglesa Spirit of Football e o Encontro SPSV. O empresário conversou conosco sobre empreendedorismo e tecnologia. Confira.  

Bruno Chamochumbi – Você tem uma história de empreendedorismo. Conte-nos onde ela começa e em que pagina está.

Fernando Godoy – Ela começa quando eu me vejo na oportunidade de utilizar a tecnologia pra gerar novos negócios. Eu sempre quis inovar e essa inquietude me levou a empreender e sempre expandir meus negócios. Atualmente estamos iniciando atividades na Argentina, e já preparando as operações na Colombia, México e Estados Unidos com a Zenega e trazendo a Flex com sua comunicacao interativa.

Você é um dos profissionais de maior destaque no cenário tecnológico brasileiro, pioneiro em projetos de realidade aumentada, inbound marketing e comunicacao interativa. O que essas ferramentas podem oferecer para os negócios?

Elas mudam o conceito de como as pessoas vão interagir, consumir e aprender. Vão quebrar muitos paradigmas, em como vamos adquirir conhecimento profissionalmente ou para nossos produtos e serviços. O que vem por aí na comunicação interativa modifica as relações de uma empresa com seus clientes, onde quase tudo é possível. A interação serve tanto para aprendizado como para compras. Temos grandes empresas, como Facebook, Google, Apple e Microsoft na liderança desse processo.

Você acredita muito nas startups. O que as startups podem ensinar aos grandes investidores? 

Sempre têm empresas começando e sempre nos procuram para pedir ajuda, análise do business plan. Faço questão de atendê-las porque gosto deste movimento. Essas empresas não ensinam só aos grandes, mas às empresas de todos os portes. Ensinam a mudar a forma de pensar, pois criam disrupturas com o mercado. Waze, Air b And Be, Netflix. Elas nos ensinam muito, porque trabalham com escassex. Esse ensino de entendermos que tudo é possível por um nicho. Quebrar paradigmas, coisa que as empresas grandes não estão acostumadas. No Vale do Silício por exemplo, grandes empresas estão fazendo escola para entender como as empresas mais ousadas trabalham. Existem organizações especializadas em ensinar a cultura startup nas empresas.

 

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